sábado, 12 de outubro de 2024

POR QUE SERÁ QUE VOCÊ NUNCA OUVIU FALAR NESSA SÉRIE?




Acabo de assistir Conspiração Americana: Os Crimes da Octopus, documentário dividido em 4 episódios sobre a misteriosa morte do jornalista / escritor Danny Casolaro e a investigação que o levou a tal destino. A despeito de ser uma produção recente (28/02/24) no catálogo do principal serviço de streaming: a Netflix (embora não seja uma produção da Netflix, e sim de uma produtora independente chamada Duplass Brothers), Conspiração Americana passou praticamente despercebido pelo público. Você encontrará alguns trailers dele no YouTube, e quase nenhum canal resenhando a respeito. Eu mesmo só soube de sua existência graças a Eric Jon Phelps, que gravou um programa sobre o assunto. E, dado o nome de quem me apresentou o material, acho desnecessário dizer se vale a pena, né?

O programa é conteúdo sobre teoria da conspiração para gente grande (não espere respostas prontas e informações excessivamente mastigadas, a despeito dos episódios serem suficientemente didáticos àqueles que prestarem atenção). E, claro, ainda que não citem qualquer instituição ou grupo comumente associado a conspirações, a dupla responsável pelo projeto - Zachary Treitz e, principalmente, Christian Hansen - deixam muito exposto a existência de um complô internacional nos altos escalões dos governos mundiais. Você pode chamar do que quiser, a série mantém isso em aberto. Conforme falei acima, a indicação dessa produção chegou até mim via-Eric Jon Phelps, provavelmente o maior crítico da Companhia de Jesus vivo. Portanto, obviamente - ao menos para Eric e seus inscritos (meu caso) - não há dúvida de que aquilo que Casolaro denominou de "Octopus" é, na verdade, o conglomerado de agentes secretos do Vaticano, em especial jesuítas e cavaleiros de Malta. No terceiro episódio, por exemplo, vemos de relance - na parede do escritório de um dos homens fortes da Octopus - o diploma de Doctor Religion Education pela Philathea College (tempo 07:40), instituição evangélica de caráter ecumênico (não há qualquer comentário sobre isso na cena, trata-se de algo que simplesmente me chamou a atenção). E, no segundo episódio, o filho desse mesmo personagem declara que, durante um período de sua vida, seu pai atuou em "centros de saúde mental". Para um conhecedor da conspiração jesuíta, elementos como esses são pingo em letra. Mas podemos notar outras pistas também, como a história do "pastor" Jimmy Hughes, ou a cereja do bolo (no tempo 48:13 do terceiro episódio): uma das muitas anotações caóticas de Danny Casolaro freneticamente focadas pela câmera ao longo da temporada (outro momento onde tive a felicidade de perceber algo fora dos holofotes) na qual é possível ler um nome não mencionado no documentário, porém nitidamente presente na investigação do escritor (vou deixar o suspense no ar para tornar mais interessante a experiência de quem quiser assistir).

Mesmo não batendo o martelo sobre a causa da morte de Casolaro (oficialmente é suicídio), a primeira (e talvez única) temporada fecha nos fornecendo evidências que tornam a versão oficial uma piada de mau gosto. Seu final é abrupto e instigante, mas realmente acho difícil haver uma próxima tanto pelo teor da série, quanto por sua repercussão, que foi fraca (ainda que tenha recebido ótimas notas por parte de que assistiu). Quero destacar o episódio 3, que é quando a coisa escala através do assombroso relato de uma jornalista aposentada - e da entrada em cena de uma figura sinistra que, inclusive, já fez ponta num filme do Steven Seagal (ator que notoriamente possui fortes laços com o governo russo). Enfim, Conspiração Americana: Os Crimes da Octopus te prende do início ao fim, mas, acima de tudo, fará com que você chegue ao seu final mais esperto em relação ao mundo que nos cerca do que quando começou. Obs: estou ganhando rigorosamente nada para fazer essa resenha.

E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. - Apocalipse 17:5

Leandro Pereira

sábado, 6 de janeiro de 2024

O QUE NUNCA OUVIREMOS A TV FALAR SOBRE ZAGALLO

 Algo interessante a ser pensado sobre Zagallo que fuja do fanatismo e da idolatria impregnados no futebol (na verdade, no esporte em geral) é o fato dele ser - assim como Pelé - um elefante branco que nossa grande mídia socialista realmente "tem de engolir" há 53 anos, tendo sido o marco desse ranço a Copa de 1970, momento em que o jornalista - e ativista comunista nas horas vagas - João Saldanha (ovacionado até hoje pelo corporativismo de seus colegas de profissão e ideologia como um gênio do futebol) foi sacado do cargo de treinador da CBD pelo governo militar para dar lugar ao até então conhecido como "Mário Zagallo".

Sim, aquela guerra declarada que o "velho lobo" declarou contra os meios de comunicação na final da a Copa América de 1997 não foi do nada. A classe jornalística ainda não havia digerido ter perdido seu agente marxista no comando da seleção para um patriota de carteirinha queridinho dos militares e, pior ainda, que esse patriota tenha nos trazido um campeonato mundial montando o maior time de futebol da história. "Ah, mas ele aproveitou a base estabelecida por Saldanha" - dizem essas tietes midiáticas esquerdistas como se não soubessem que nenhum treinador inicia um trabalho do zero a menos que, antes de sua chegada, tenha acontecido algo como o acidente do Manchester United em 1958 ou o da Chapecoense em 2016. Zagallo conseguiu pôr 5 camisas dez jogando juntos de forma harmônica, feito nunca mais igualado no futebol (para quem não sabe, camisas 10 são jogadores totalmente técnicos e ofensivos com alto volume de movimentação, sendo que, do meio de campo para frente, normalmente uma equipe precisa de ao menos 1 jogador de força especializado em destruir as jogadas adversárias, e 1 atacante fixo na área - o chamado centroavante).

Como não se bastasse isso, Zagallo - tentando ou não irritar essa imprensa progressista - não cansava de declarar seu amor pela seleção brasileira de futebol enquanto instituição de uma forma quase que devocional. Explicando melhor: quando falamos sobre nacionalismo, existem pontos a serem considerados que são os traços de identidade nacional, isto é, aquilo que ajuda a unir o povo de um país, que reforça a identificação étnica de uns com os outros; sendo precisamente o futebol um dos maiores traços de identidade nacional do Brasil. Portanto, ao dar tanta importância à seleção - tendo o tamanho que tem para o esporte nacional - obviamente o treinador exercia um tipo de influência nada agradável às nossas redações jornalísticas entupidas de globalistas. Entende a razão da maioria dos nossos comentaristas esportivos moverem uma verdadeira campanha de desinteresse pela seleção brasileira?

Portanto, da próxima vez em que você se perguntar o porquê do maior ícone do futebol brasileiro depois de Pelé nunca ter sido devidamente valorizado pela crônica esportiva, pense neste texto. Existe um jogo jogado fora dos gramados que só faz sentido quando você sabe o que é direita e esquerda, e é somente enxergando ele que você entenderá o motivo, por exemplo, do Fernando Diniz ser tão perseguido (ele assumidamente quer resgatar as raízes do nosso futebol perdidas após o processo de globalização do esporte, isto é, mortas por um sistema - lembre-se - que precisa prevalecer em rigorosamente todas as áreas da vida humana como prova de sua eficácia); o motivo da criação desse mito de que Garrincha (boêmio, apoiador de João Goulart e amante da petista Elza Soares) jogava mais do que Pelé (cristão e amigo do EUA); o motivo da grande imprensa tanto idolatrar Maradona (amigo de Fidel Castro), a despeito de tudo o que ele já disse e cometeu (com direito a confessamente "batizar" a água de um jogador da seleção brasileira durante um jogo da Copa de 1990); o motivo da Argentina ser tão reverenciada mesmo com as constantes demonstrações de racismo por parte de sua população nos estádios (e, aqui, quem cavar irá parar num terreno ainda mais sinistro, pois notoriamente a argentina é historicamente não só um país socialista, mas também um asilo de nazistas pós-Segunda Guerra); o motivo de Renato Gaúcho (apoiador e amigo de Jair Bolsonaro) não gozar da mesma boa vontade da crônica esportiva de que goza Jorge Sampaoli (esquerdista de carteirinha); o motivo do assassinato de reputação de figuras como Cuca, Alberto Valentim e Rodrigo Santana; o motivo de Roger Machado ser tão querido pela imprensa; o motivo de Dunga ter travado uma guerra contra os jornalistas ainda mais dura do que a de Zagallo; o motivo do Flamengo ter irritado tanto à imprensa desportiva quando encabeçou o rompimento do lockdown dos clubes em 2020; etc...

Enfim, o futebol nos oferece algo muito além do pão e do circo. Trata-se de um excelente laboratório não apenas para a elite globalista, mas também para treinarmos nossa percepção da guerra cultural.

Leandro Pereira