Agora, um mito que foi tão derrubado pela crise sanitária quanto o de que liberais lutam por menos Estado é o de que o rock (e todas as suas ramificações, o que certamente inclui subgêneros bem transgressores como punk e heavy metal) é um movimento provocativo, rebelde, politicamente incorreto, enfim; uma força contra a ordem vigente, contra os poderes estabelecidos. Nada poderia ser mais mentiroso.
Ok, o rock é tudo isso que acabo de relacionar, porém não contra "a ordem vigente e os poderes estabelecidos", e sim contra o cristianismo e o pensamento conservador. Ora, o estilo nasce nos anos 50, mas notoriamente adquire um caráter revolucionário - com suas já tradicionais referências explícitas a promiscuidade, drogas e satanismo - numa América setentista, isto é, no coração da Revolução Sexual: precisamente quando os meios de produção cultural se encontravam majoritariamente dominados por democratas.
Portanto, definitivamente, o rock nunca passou de um capanga da elite progressista para influenciar meninos com os hormônios em ebulição contra a própria família ou qualquer outra instituição que tente frear seus impulsos idiotas; e a maior prova disso é o comportamento dos músicos roqueiros frente à gripe suína. Tire meia-dúzia de gatos pingados e o silêncio dessa classe se mostra absoluto. São tigrões na hora de ofender igrejas, associações de mães e congressistas de direita; e gatinhos quando o mundo inteiro está sendo obrigado a seguir normas elaboradas de cima para baixo por organismos supranacionais.
Leandro Pereira
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