Por que os canalhas da esquerda ficam apontando o neopentecostalismo como a única barreira à dominação do marxismo cultural sobre nossa sociedade (como já fizeram, por exemplo, a filósofa Marilena Chaui em 2016, e aqueles três ecumenicistas no programa do Pedro Bial nesta semana), se notoriamente a maioria esmagadora das denominações neopentecostais aceitam feminismo (ordenação de mulheres), elementos de Nova Era (pacote teológico da prosperidade) e recasamento? E quanto às chamadas "igrejas inclusivas", a que nicho pertencem? Sendo assim, ao menos para mim fica claro que eles estão tentando promover esse segmento como adversário ideológico sob o mesmo objetivo que o fazem com o PSDB ou o PMDB no campo político: levarem o povo que está fugindo de um leão na floresta a procurar abrigo numa caverna sem saída, isto é; condicionarem a população conservadora a depositar sua esperança numa falsa oposição.
Não é segredo nenhum que, especificamente em termos de rejeição à mentalidade pós-moderna, apenas 2 alas do meio evangélico nacional se fazem presentes:
1- Casa de Oração: obviamente a dos "Irmãos Unidos", não a renovada, pois o dispensacionalismo presente de maneira contundente em sua teologia inevitavelmente os torna sionistas, logo pró-EUA e contra tudo o que parta do sentimento antiamericano, o que inclui o comunismo.
2- Igrejas independentes: divididas entre cessacionistas que rompem com as grandes denominações ou convenções por não aceitarem desvios doutrinários; e pentecostais clássicos (praticamente extintos) indignados justamente com o monstro que criaram chamado neopentecostalismo, o qual cresceu tanto que foi incorporado por praticamente todo o sistema carismático.
Repito: estou falando tão somente de grupos onde o pensamento de esquerda não consegue se criar. Portanto, da próxima vez em que escutarem um socialista dizendo que seu maior inimigo é o neopentecostalismo, na verdade estarão presenciando uma propaganda, não uma constatação.
Leandro Pereira
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