Seguem 3 chavões politicamente corretos usados por gente inclinada para a esquerda - ou esquerdista enrustido -, mas que gosta dar uma de isentão:
1- "O BRASIL ENCONTRA-SE POLARIZADO". - eis aí um discurso dos mais cínicos e que, infelizmente, tenho visto na boca até mesmo de conservadores desavisados. Ora, polarização requer equivalência entre opostos, sendo que não existe qualquer oposição equivalente neste país. Tudo o que temos é, de um lado, uma minoria fanática que insiste em permanecer na poça de lama construída por seu espectro político ao longo de 23 anos (em especial os últimos 14), e do outro todo o restante de uma nação já saturada pelo socialismo e desesperada por algo que ofereça algum escape mínimo à atmosfera vermelha que se criou à nossa volta. Se 100 pessoas fazem um passeio no zoológico e 10 resolvem entrar na jaula do leão, não acho que possamos chamar isso de "polarização", até porque atitudes fruto de demência nunca foram relevantes dentro de qualquer tipo de discussão.
2- "COM TANTA COISA IMPORTANTE PARA DISCUTIR SOBRE O PAÍS (REFORMAS ECONÔMICAS, CORRUPÇÃO, TRÁFICO DE DROGAS, FILAS DO SUS...), QUE DIFERENÇA FAZ DEBATER SOBRE TEMAS COMO CASAMENTO GAY E IDEOLOGIA DE GÊNERO?" - "Além de espalhar sua doutrina econômica comprovadamente estúpida e ilógica, Karl Marx é culpado de colocar a economia como questão fundamental da existência humana, um espaço antes ocupado pelos assuntos abordados pela metafísica - que a doutrina marxista define como 'superestrutura'. Hoje, dois séculos depois de ter influenciado decisivamente as universidades ocidentais, até mesmo quem discorda de suas idéias as debate dentro do universo marxista. Essa prisão mental esconde a realidade e coloca coisas absolutamente periféricas no centro do debate intelectual." (Introdução à Nova Ordem Mundial- pág.80). Alexandre Costa foi, sem dúvida, muito feliz neste comentário de seu livro, pois sintetizou com maestria os efeitos do marxismo no mundo contemporâneo: uma população que, na hora de abrir a boca para dissertar acerca de política, só consegue falar de dinheiro. Enquanto os reais pilares de sobrevivência e manutenção de uma civilização são ridicularizados e reduzidos a assuntos de pouca importância (ao ponto de até mesmo cristãos sentirem-se constrangidos de dissertarem acerca deles), os tópicos relacionados a Mamom são considerados próprios de gente madura, esperta e realista.
3- "É EXTREMAMENTE SAUDÁVEL À DEMOCRACIA QUE TENHAMOS UM ESTADO EM QUE HAJA OXIGENAÇÃO POLÍTICA, ISTO É, O REVEZAMENTO DE PODER ENTRE DIREITA E ESQUERDA." - das três máximas apresentadas, esta provavelmente é a que mais me enoja, visto ser uma defesa enrustida não somente da legitimação do pensamento esquerdista, quanto de que os elementos inerentes a ele são necessários ao progresso de uma nação. Por tabela, tal clichê ignora que é perfeitamente possível oxigenação dentro de um Estado totalmente conservador, já que o conservadorismo não é uma ideologia, e sim justamente a ausência de ideologias, ou seja; a busca por desenvolvimento dentro daquilo que é normal, sem a tentativa de perverter a ordem natural das coisas. Pense numa família brasileira comum (conservadora) e verá ali um belo exemplo do que seria um Estado inteiramente conservador: pessoas com cabeças diferentes e que discordam inúmeras vezes, porém ninguém intencionando deformar a estrutura familiar ou enquadrar a casa sob um sistema que não seja aquele instituído pelos pais. Mesmo os adolescentes, que em sua maioria encarnam o agente revolucionário numa casa, nunca usurpam o topo da hierarquia familiar e passam a exercer autoridade sobre seus pais como método de oxigenação, muito pelo contrário, personificam a fase mais tola e patética do ser humano. Quando essas representações ambulantes de "revolução contra o sistema em vigor" recebem corda o bastante, o que presenciamos é o caso ocorrido no seio da família Richthofen: precisamente um lar brasileiro incomum (liberal) no qual a "oxigenação" posta em prática se efetuou através de valores alienígenas à ordem natural, não com uma opinião divergente dentro do que se entende por normalidade.
Leandro Pereira
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