Ah, como seria bom se tanto os ímpios descobrissem no que consiste a conversão ao Evangelho, quanto se os crentes (e também os simpatizantes do Evangelho) soubessem definir tal fenômeno. Infelizmente, mesmo aqueles que são alvo de um novo nascimento, muitas vezes só sabem dizer que mudaram ao se renderem a Cristo, porém desprovidos da capacidade de explicarem biblicamente o que lhes aconteceu espiritualmente.
Engana-se quem pensa que tornar-se nova criatura em Cristo implica em parar de pecar. De fato, quando comparado a ímpios, o servo de Jesus é alguém que peca pouco. Todavia, qualquer pessoa na face da Terra, crente ou não, tende sempre a pecar muito. O ponto-chave, portanto, é a consciência. Sim, pois é principalmente na cabeça que reside o diferencial entre o salvo e o perdido. Conforme sempre digo, o pecador nascido de novo é aquele sujeito que, tendo saído de casa sem guarda-chuva no meio de um temporal, atravessa as ruas tendo o cuidado de esgueirar-se debaixo dos toldos e marquises que aparecem pela frente, de modo a molhar-se o mínimo possível (ainda que não escape de um belo banho ao longo do trajeto); ao passo que o pecador perdido não se preocupa com a chuva, pelo contrário, caminha com a boca aberta tentando beber cada gota d´água que cai do céu.
Enfim, é na consciência, e não na biologia, que a coisa acontece. O pecador santificado por Cristo, ainda que continue pecando, não sente orgulho disso, antes oferece alguma resistência ao pecado, o odeia e até mesmo sente vergonha quando incorre em algum (pois reconhece em seu íntimo ser aquilo uma obra das trevas). Já o pecador sem Cristo não possui qualquer alarme na mente, tão somente faz o que tem vontade de fazer sem nenhum compromisso com o que a Bíblia afirma ou deixa de afirmar podendo chegar, inclusive, ao cúmulo de ostentar seu pecado.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. - 1 Coríntios 2:16
Leandro Pereira
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