sexta-feira, 19 de novembro de 2021

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO: UMA SOCIEDADE SOB A OPERAÇÃO DO ERRO




A precisão preditiva do romance Admirável Mundo Novo é inegavelmente assustadora ao denunciar diversos elementos da agenda globalista que notoriamente já são uma realidade na atualidade ou estão a caminho disso. Unificação mundial, governo tecnocrata, sexualização infantil, alteração no DNA humano, abominação do casamento e da família, erradicação do cristianismo, normalização das drogas, novilíngua; enfim, Aldous Huxley foi tão certeiro que, ainda em 1958, o escritor publicou um ensaio chamado Regresso ao Admirável Mundo Novo justamente para dissertar sobre o modo extremamente veloz com que o conteúdo de sua ficção científica vinha ganhando contornos na vida real, dentre os quais aquele que mais me marcou em todo o livro (talvez por eu perceber isso de modo bem tangível em meu cotidiano): a alienação.

Quanto temos de andar se quisermos encontrar alguém - nesta geração zumbificada - capaz de desenvolver uma conversa que vá além de rachadinhas ou da rodada do Brasileirão? Mesmo as igrejas estão desse jeito (pense em quantos frequentadores de cultos você conhece que gostam de conversar sobre a Palavra de Deus e me dará razão sem muita dificuldade). A aridez de interesse em verdades mais profundas - por atrofia do intelecto ou mera aversão ao exercício da meditação (a reflexiva; não a oriental, que te manda justamente esvaziar a mente para facilitar a entrada de dardos inflamados nela) - é algo que se acentua de maneira exponencial entre a população, sendo inevitável a quase certeza de que estamos rumando para o projeto globalista que Huxley denunciou em seu romance de – pasme - 1932.
E, quando falo em “alienação”, não estou me referindo a falta de cultura ou instrução. Me refiro a embrutecimento de alma. É nítido a qualquer indivíduo espiritual (I Coríntios 2.14,15) que a população em geral se encontra a cada dia mais mecânica, robótica e, consequentemente, resistente à penetração do Evangelho. É como se realmente estivéssemos trilhando uma estrada que desembocará na chamada “operação do erro” (2 Tessalonicenses 2.10-12), em que as pessoas literalmente ficarão incapacitadas de crerem na Palavra de Deus chegando ao cúmulo de não se arrependerem nem durante os juízos da Tribulação (Apocalipse 9.20,21; 16.9-11), e até mesmo de fazerem guerra contra o próprio Deus (Apocalipse 17.4 / 19.19). Da mesma maneira que é possível observar, por exemplo, a composição geopolítica do mundo gradativamente assumindo a cara de um reino único sobre toda a terra; também dá para sentir que o muro entre Deus e o ímpio recebe uma nova fileira de tijolos diariamente.
Seria mera coincidência, portanto, que a Palavra de Deus diga que nos últimos dias haveria uma apostasia da fé por meio de homens que cauterizam suas próprias consciências (I Timóteo 4.1,2)? Seria mera coincidência o fato de Deus ter estabelecido como única arma espiritual do cristão (Efésios 6.17) algo capaz de - EM QUALQUER PERÍODO (Isaías 40.8)- penetrar a divisão da alma e do espírito, de juntas e medulas, bem como de discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus 4:12)? Seria mera coincidência que a salvação se dê através de um fenômeno chamado novo nascimento (João 3.1-7), ou seja, um processo ocorrido NA CONSCIÊNCIA (Romanos 12.2 / Efésios 1.18; 4.23 / Filipenses 4.7 / Colossenses 1.21 / Hebreus 10.22)? Seja qual for o estado de petrificação do coração humano ou a época de sua trajetória na terra, o Senhor já preparou as devidas engrenagens para que seus desígnios se cumpram de forma automática. Todos nascemos com uma centelha de luz dentro de nós doada pela misericórdia divina (João 1.9), que é o mecanismo que nos permite receber o Messias, sermos feitos filhos de Deus (João 1.12) e um dia conhecer O VERDADEIRO admirável mundo novo.
"Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça." - 2 Pedro 3:13

Leandro Pereira

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