sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

SERÁ QUE O PROBLEMA É MESMO O NAZISMO?


Tanto Monark, quanto Adrilles estão sendo punidos não por antissemitismo, e sim por anticomunismo. Falando especificamente sobre a fala do ex-Flow - visto que o ex-Jovem Pan foi enfático em sua crítica ao nazismo (razão pela qual tiveram de apelar para seu tchauzinho) - eu digo que recortaram uma fala pouco didática do rapaz a respeito de ética libertária na qual ele, como bom anarcocapitalista, defendeu o direito de existirem partidos nazistas no Brasil em face do fato de haver inúmeros partidos socialistas por aqui. Em outras palavras; o que ele teceu foi um ataque indireto à hipocrisia que reina num cenário político no qual uma ideologia que matou 10 milhões de pessoas é proibida, ao passo que outra - comprovadamente responsável por matar 10 vezes mais - é livremente apoiada pela maioria esmagadora de nossas classes política, midiática e universitária.


Ora, qualquer um que conheça o básico sobre a utopia ancap sabe que o conceito de liberdade de expressão proposto por eles contempla rigorosamente tudo, incluindo ser livre para promover ideias grotescas como a que norteou o Terceiro Reich. É algo que obviamente está implícito no pacote, o que deveria - se o problema realmente fosse a tolerância ao nazismo - obrigar nossa imprensa e autoridades progressistas a levantarem uma verdadeira caça às bruxas sobre todos os libertários do país, não apenas Monark. O que foi mais viável de se fazer então? Colocar o YouTuber e o BBB para darem exemplo de que a existência do comunismo - não a do povo judeu - jamais deve receber qualquer sombra de questionamento (vide a adulação dirigida ao islã).

Leandro Pereira

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

MORTE DE OLAVO ACUSA UM PROBLEMA NO HOMEM QUE SOMENTE O ESPÍRITO SANTO PODE SUPRIR



Inegavelmente ontem a direita brasileira perdeu seu maior nome. Quem me acompanha sabe que, a despeito de desprezar a filosofia de Olavo de Carvalho (como a de qualquer outro, uma vez que minha filosofia é a Palavra de Deus) e repudiar sua defesa forçada do catolicismo romano (com direito a revisionismo da inquisição), sempre o tive como um baita comentarista político e um gigante na guerra cultural (grande o bastante para abrir o mercado literário brasileiro a uma avalanche de obras conservadoras - segmento até então escasso neste país). Portanto, não será aqui que você verá comoção pela morte de um homem que, com todos os seus indiscutíveis méritos, era aquilo que a Bíblia chama de "ímpio".

Acompanhei o escritor na época do True Outspeak, li seu debate (na verdade, a surra dada por ele) com Alexander Dugin, assisti a diversas entrevistas suas e programas dos quais participou; mas o elo que deveria me conduzir a realmente sentir essa morte - o Espírito Santo - inexiste. E é aqui que identifico uma das várias vantagens de ser um cristão bíblico, pois muitos estão inconsoláveis no dia de hoje não exatamente pelo enterro de um pensador, e sim por se tratar do falecimento de alguém que consideravam edificante também a nível metafísico, uma espécie de profeta (não à toa, aliás, já estão aparecendo pedidos de canonização do sujeito).

É por, no fundo, saberem que essa carência se avoluma ainda mais - dado que nenhum outro intelectual conservador conseguiu trabalhar essa aura mística em torno de si como o filósofo fez - que tem havido tanto choro. Percebam que simplesmente nunca houve qualquer ancião para dividir igualitariamente com Olavo essa mentoria sobre tal público. Todavia, quando você é um crente nascido de novo, basta encontrar um outro selado pelo Espírito Santo para que ele seja seu conselheiro espiritual, seu amparo na fé. Para ficar apenas em figuras públicas, eu digo que meus "Olavos" são pregadores como Charles Lawson, Mike Veach, Sam Gipp, Michael Pearl, Gregory Miller, enfim; uma infinidade de homens de Deus. Não há concentração de poder de influência, sombra de idolatria, quando o assunto é "o agir do Espírito Santo".

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." - João 8:36 

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

ROCK: TRANSGRESSOR QUANDO É CONVENIENTE

Agora, um mito que foi tão derrubado pela crise sanitária quanto o de que liberais lutam por menos Estado é o de que o rock (e todas as suas ramificações, o que certamente inclui subgêneros bem transgressores como punk e heavy metal) é um movimento provocativo, rebelde, politicamente incorreto, enfim; uma força contra a ordem vigente, contra os poderes estabelecidos. Nada poderia ser mais mentiroso.

Ok, o rock é tudo isso que acabo de relacionar, porém não contra "a ordem vigente e os poderes estabelecidos", e sim contra o cristianismo e o pensamento conservador. Ora, o estilo nasce nos anos 50, mas notoriamente adquire um caráter revolucionário - com suas já tradicionais referências explícitas a promiscuidade, drogas e satanismo - numa América setentista, isto é, no coração da Revolução Sexual: precisamente quando os meios de produção cultural se encontravam majoritariamente dominados por democratas.

Portanto, definitivamente, o rock nunca passou de um capanga da elite progressista para influenciar meninos com os hormônios em ebulição contra a própria família ou qualquer outra instituição que tente frear seus impulsos idiotas; e a maior prova disso é o comportamento dos músicos roqueiros frente à gripe suína. Tire meia-dúzia de gatos pingados e o silêncio dessa classe se mostra absoluto. São tigrões na hora de ofender igrejas, associações de mães e congressistas de direita; e gatinhos quando o mundo inteiro está sendo obrigado a seguir normas elaboradas de cima para baixo por organismos supranacionais.

Leandro Pereira