Estou quase certo de que o principal inimigo da eleição de Bolsonaro serão os intervencionistas radicais. Gente, ser favorável às Forças Armadas invadirem o jogo político e reiniciarem tudo do zero é um sentimento absolutamente legítimo e do qual partilho plenamente. Agora, ajudar a botar esquerdopata na presidência boicotando nosso único candidato conservador com chances reais de vitória já beira a demência. Se essa intervenção aguardada sob uma expectativa quase messiânica por alguns não vier, a culpa deve ser mesmo lançada sobre quem ainda acredita ser possível realizar algo através do sistema que aí está? Se os militares permanecerem inertes, teremos mesmo de nos dividir ainda mais demonizando quem crê em outras possibilidades para o conservadorismo? É uma lógica que simplesmente não me entra na cabeça... Se estou numa guerra e os aliados esperados se acovardam me deixando na mão, devo voltar minha munição contra os companheiros de trincheira, é isso mesmo? Vão me perdoar, mas enquanto os militares continuarem sendo afagados a despeito de sua paralisia frente ao caos nacional, eles seguirão nesta confortável situação de "jagunço governamental amado pelo povo por aquilo que realizou 40 anos atrás". Que tal botá-los um pouco contra a parede também? Que tal esquecer do Bolsonaro por alguns segundos e contestar a apatia de comandantes que, até agora, não saíram das frases públicas de efeito? Se um terço da encheção de saco sofrida por conservadores moderados fosse efetuada sobre as Forças Armadas, será que essa bendita intervenção já não teria saído?
Leandro Pereira
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