No último fim de semana assisti ao
filme Fragmentado, do renomado diretor e roteirista M. Night
Shyamalan (dos longas O Sexto Sentido, Sinais, A
Vila, dentre outros). Nele, acompanhamos a aterrorizante trama em torno do
rapto de 3 meninas por um psicopata que sofre de transtorno dissociativo de
personalidade, a famosa "múltipla personalidade". Entretanto, como
não se bastasse portar uma anomalia mental relativamente rara, o vilão do
filme possui o mal em um nível absolutamente inédito na história médica, já que
não somente detém 24 personalidades, como produz alterações físicas
equivalentes a superpoderes ao manifestar a vigésima quarta (conhecida como
"a Besta").
Até aqui, tudo não passaria de um típico conto de terror, não fossem algumas
peculiaridades que, embora não digam nada separadamente, quando reunidas
apresentam uma mensagem claramente oriunda da satânica agenda globalista.
O codinome do vilão: "Horda". Evidente que tal apelido, no filme, se
justifica por aquilo que ocorre na mente do personagem Kevin Wendell:
precisamente a coexistência de diversas pessoas em uma só. Todavia, ao ouvir um
sujeito definindo a si mesmo com a alcunha de "Horda", é impossível
para mim não lembrar da seguinte passagem bíblica:
E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe
respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.- Marcos 5.9
Portanto, assim como a entidade
que possuiu o corpo do gadareno chamou a si mesma por algo que remeta à uma
multidão, com o fragmentado não foi diferente.
Uma outra curiosidade é o nome da última personalidade a surgir em Kevin:
"Besta". Uma personalidade que aparece na metade final do filme e
que, embora seja mencionada como superior às demais tanto em poder, quanto em
termos de liderança; não ficou bem explicada (eles dizem que ela seria a mescla
dos animais de um zoológico, porém a vemos realizando ações que fogem ao reino
animal como falar, raciocinar e ter uma pele impenetrável). Novamente, temos
aqui outro paralelo indireto com a Bíblia, uma vez que "Besta" é o
nome pelo qual o Anticristo passa a ser chamado na metade final de seu reinado,
quando seu corpo se torna a morada do próprio Diabo. Como não se bastasse isso,
a Besta de Fragmentado é a razão do rapto das 3 adolescentes,
visto que o sacrifício exigido pela vigésima quarta persona consiste em jovens
puras, isto é, virgens. Ora, em que outra crença vemos virgens sacrificadas, se
não no satanismo e em suas ramificações?
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do
abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão
escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a
besta que era e já não é, ainda que é.- Apocalipse 17.8
Mas
Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está
escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios
No deserto por quarenta anos, ó casa de Israel? Antes tomastes o tabernáculo de
Moloque,E a estrela do vosso deus Renfã, figuras que vós fizestes para as
adorar.Transportar-vos-ei, pois, para além da Babilônia.- Atos 7.42-43
Além de aspectos teológicos, o
longa-metragem flerta também com um pseudo-realismo ao colocar seus personagens
para dissertarem acerca de certos casos reais em que pacientes com múltipla
personalidade supostamente conseguem produzir modificações biológicas em seus
corpos sempre que alternam suas personalidades. Então, em uma das últimas cenas
da trama, vemos o vilão, que se safa ileso, regozijando-se perante a
constatação de que a Besta realmente é invulnerável (qualquer semelhança com o
fato do Anticristo, no início de seu reinado, ser conhecido como
"vencedor" e, no meio da Tribulação, recuperar-se miraculosamente de
um ataque mortal; definitivamente não pode ser mera coincidência.).
E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava
assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso,
e para vencer.- Apocalipse 6.2
E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi
curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que
deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à
besta? Quem poderá batalhar contra ela?- Apocalipse 13.3-4
Contudo, mais sinistro do que a
correlação com a demonologia bíblica, é a declaração que o vilão diz a si mesmo
no espelho ao amarrar todo aquele papo a respeito da possibilidade de outras
personalidades exercerem mudanças físicas espontâneas no corpo de seu
hospedeiro: "nós podemos ser aquilo o que quisermos." É praticamente
um discurso de auto-ajuda, porém tendo em vista o contexto em que é
dito, fica claro que o psicopata falou o que falou de modo absolutamente
literal. Deveria ser levado a sério pelo espectador? Não se, ao longo da trama,
não tivessem estabelecido isso sobre casos reais em que supostamente teriam
ocorrido fenômenos parecidos ao de Wendell.
Mas não para por aí... Tudo o que falei até agora está presente no filme de
modo não subliminar, e sim apenas sutil; pois sua mensagem subliminar insurge
na tela em meio à sua última cena, quando o personagem David Dunn, do longa Corpo
Fechado (do mesmo diretor e roteirista) faz uma rápida aparição. Nesse
momento, somos indiretamente informados de que o superpoder da Besta pode não
ser somente uma questão de força de vontade, e sim algo verdadeiramente
sobrenatural. Ora, visto que no universo de Corpo Fechado a
fonte dos poderes de David Dunn não é a força de vontade (ele nunca havia
percebido que tinha superpoderes até que alguém o avisou disso), e sim
sobrenatural (segundo a teoria exposta por Elijah ao longo da narrativa); a
partir do instante em que Fragmentado revela-se parte do mesmo
universo de Corpo Fechado forçosamente a fonte dos poderes da
Besta também tem de ser sobrenatural. Aí eu pergunto: que fonte sobrenatural de
superpoder poderia ser a de Kevin? Diante de tudo o que foi observado até aqui,
creio que esteja mais do que cristalino ao leitor.
E perguntou-lhe Jesus,
dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele
muitos demônios.- Lucas 8:30
Desse modo, o que temos ao
término de Fragmentado é uma explicação para os poderes da
Besta de cunho pseudo-científico e outra subliminar, de cunho sobrenatural; o
que pode ser uma contradição para o público leigo, porém um encaixe perfeito a
um conhecedor das Escrituras, já que o crente bíblico sabe que muito do que a
medicina e a psicologia tratam como transtornos psíquicos não passa de uma
materialização provocada pela entidade espiritual que se encontra alojada na
pessoa.
Lembre-se: a elite satânica faz um filme para nós e outro para eles (onde
adoram seus demônios). Não por acaso M. Night Shyamalan é notoriamente um
diretor de filmes com temática espírita-novaerense-anticristã (obs: ele é
indiano). Em Sinais vemos um cristão tendo sua fé confrontada
pela presença de alienígenas na Terra; em A Vila uma crítica
indireta ao cristianismo e à postura de separação do mundo que a Palavra de
Deus exige; em O Último Mestre do Ar um desfile de Nova Era;
em Fim dos Tempos uma ode ao ambientalismo...
Enfim, Fragmentado é um dos filmes mais lucrativos da história
(custou menos de US$ 10 milhões e já obteve mais de US$ 200 milhões), foi um
sucesso de crítica e, agora, seu diretor vem recebendo clamores de fãs em todo
o mundo para que uma continuação seja feita o quanto antes.
Assim como M. Night Shyamalan gosta de fazer em suas narrativas, eu me
aventuro a fazer neste final de texto ao trazer uma surpresinha ao leitor: se a
mensagem por trás da explicação sobrenatural dos poderes de Kevin é de
exaltação aos poderes das trevas; qual seria a mensagem intrínseca à explicação
pseudo-científica? O que eles quiseram dizer ao, sob a justificativa de
"podermos ser o que quisermos ser", mostrarem um sujeito repleto de
personalidades capazes de realizar proezas que ele, por si mesmo, não consegue? Fragmentado estreou
em janeiro de 2017, o que significa que foi produzido em 2016. E, adivinhem só
o que aconteceu em junho de 2016?
Nova York passa a
reconhecer 31 gêneros diferentes
por Redação
04/06/2016 11:15
A Comissão de Direitos Humanos de Nova York (EUA)
decidiu oficializar a multiplicidade das identidades de gênero, e passou a
reconhecer 31 diferentes tipos de gêneros. E quem se recusar a chamar uma trans mulher de "ela", por
exemplo, pode ser punido. A regra é simples: “Recusa intencional ou repetida em usar um nome,
pronome ou título preferencial ao indivíduo. Por exemplo, insistir em chamar um
transgênero mulher de ‘ele’ ou ‘senhor’, mesmo que ela tenha deixado claro o pronome e título que prefere”. Confira abaixo os 31 tipos de gênero elencados por Nova York:
Bi-Gendered (Bi-gênero)
Cross-Dresser
Drag-King
Drag-Queen
Femme Queen
Female-to-Male (Fêmea-para-macho)
FTM
Gender Bender (Gênero fronteiriço)
Genderqueer
Male-To-Female (Macho-para-fêmea)
MTF
Non-Op
Hijra
Pangender (Pangênero)
Transexual/Transsexual
Trans Person (Pessoa trans)
Woman (Mulher)
Man (Homem)
Butch
Two-Spirit (espirito duplo)
Trans
Agender (sem gênero)
Third Sex (Terceiro sexo)
Gender Fluid (Gênero fluido)
Non-Binary Transgender (transgênero não binário)
Androgyne (andrógena)
Gender-Gifted
Gender Bender
Femme
Person of Transgender Experience (Pessoa em experiência transgênera)
Androgynous (Andrógeno)
Fonte: https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/nova-york-passa-reconhecer-31-generos-diferentes/
E não é que a frase dita pelo careca de Fragmentado nos
remete a um famoso aforismo de um outro careca que, inclusive, também era
conhecido como "a Besta"?!
