domingo, 26 de agosto de 2018

O QUE A INQUISIÇÃO BOAZINHA DE BERNARDO KÜSTER ME LEMBRA


Quando eu ouço católicos como Bernardo Küster dizendo que a inquisição foi um "tribunal de misericórdia", me lembro do Bispo John Hooper, que teve sua fogueira acesa por 3 vezes devido ao vento forte que batia no dia do cumprimento de sua sentença, o que o levou a um fim extremamente lento e agonizante. Detalhe: haviam algumas bolsas de pólvora sorrateiramente presas ao seu corpo por alguns soldados que, movidos de compaixão pelo fato de terem sido evangelizados por ele quando vigiavam sua cela, esperavam proporcionar um martírio rápido àquele pregador. Pena que, sendo mal colocadas, caíram e explodiram relativamente longe dele. O sujeito só parou de orar a plenos pulmões quando a língua inchou, a boca empreteceu e as gengivas ficaram expostas; bem como só parou de bater com as mãos no peito quando um braço caiu e o outro grudou na argola de ferro pendurada sobre seu tórax em decorrência da gordura que já pingava por toda sua pele e agiu feito cola.
Me lembro de John Huss, que foi tostado vivo da cintura para baixo, razão pela qual depois uma nova fogueira teve de ser acesa exclusivamente para queimar o tronco do cadáver.
Me lembro do Lorde Cobham, que louvava a Deus enquanto as chamas o consumiam e os sacerdotes romanos proibiam o público de orar por sua partida praguejando contra o mártir.
Me lembro do Dr. Ridley que, a exemplo de Huss, também teve sua virilha e pernas torradas antes do resto do corpo. O indivíduo morreu clamando desesperadamente para que aumentassem as chamas e lhe permitissem queimar por inteiro.
Enfim, me lembro de uma época onde cristãos bíblicos não negociavam com católicos. Uma época, inclusive, onde a interpretação de que o Anticristo viria do Vaticano, independente de oferecer ou não a melhor teoria sobre a besta que existe, estava longe de ser privilégio da seita adventista (até porque eles nem sonhavam em existir ainda). Posso dar a mão aos católicos no que tange pautas conservadoras? Sem dúvida, mas até aí não se trata de "aliar-se a romanistas", e sim tão somente de concordar com qualquer um contrário ao progressismo. Agora, daí a me deslumbrar feito um Marco Feliciano e sair tratando papistas como servos de Cristo, é muito diferente.
Leandro Pereira

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