O mais impressionante no debate da Rede TV! foi que, mesmo perante regras que impossibilitaram a realização de um horário político para Geraldo Alckmin, coisa que aconteceu no debate da Band; ficou patente a união de praticamente todos os candidatos contra o capitão (o "praticamente" fica por conta de Alvaro Dias, que provavelmente irá apoiar o PSL num hipotético segundo turno, visto que seu conselheiro Marco Feliciano é desde sempre um braço de Bolsonaro no Congresso).
Ciro Gomes e Alckmin voltaram a ceder palanque um ao outro (sob o adjetivo de "amigo" e uma cordialidade descaradamente excessiva); Marina Silva e seu mundo mágico onde brasileiros estão preocupados com energia eólica tornou a ser posta nos céus por Ciro; Guilherme Boulos se solidarizou a um dos "50 tons de Temer" quando fez coro com o vitimismo da evangélica pró-maconha que, ao vivo, teve a coragem de mentir alegando que Bolsonaro gritou com ela, e, por fim; tivemos um momento "tocante" no qual Daciolo e Boulos, seu ex-colega de partido, se colocaram como as exceções daquele grupo. Sim, o "Sr. Glória a Deus" tem mais identificação com o comunista do PSOL do que com Bolsonaro (a "velha política", em sua opinião).
Quanto a Bolsonaro, ele fez muito bem em deixar claro que o púlpito do Lula só foi retirado por iniciativa dele, que foi quem se manifestou inicialmente e levou a direção do debate a realizar a votação entre os candidatos que culminou no cancelamento de tal absurdo (segundo a versão televisiva, já que O Antagonista noticiou que o candidato ameaçou não participar do debate se o púlpito do petista permanecesse, fato que obviamente derrubaria a audiência da emissora, afinal; é evidente que o súbito interesse do brasileiro em debates políticos neste ano tem um nome que começa com "J" e termina com "O").
Leandro Pereira
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