Se, antes, tinham que ser duas doses inteiras; como que agora basta 1/4 de uma só dose para que a imunização ocorra? De duas, uma: ou as pessoas estavam recebendo uma dosagem além da conta (TRÊS VEZES MAIS, o que pode ser algo gravíssimo em se tratando de drogas alopáticas), ou agora estão sendo ludibriadas a tomarem uma quantidade ministrada unicamente para lhes dar um "cala boca" (puro placebo). No primeiro caso, devemos indagar a razão da OMS determinar a aplicação do triplo supostamente necessário, ao passo que, na segunda hipótese, a pergunta deve residir no fato do Ministério da Saúde persistir num programa de vacinação inútil. Em ambas as situações, o povo está sendo enganado e tudo fica ainda mais esquisito quando consideramos que, até abril de 2017, o governo brasileiro aplicava duas doses completas (numa clara oposição à dose única que a OMS alega ser o bastante). Diga-se de passagem, ainda não há consenso na medicina quanto à quantidade ideal de dosagens dessa vacina. Nossos postos estavam ministrando a dose única (e fracionada) até os "especialistas" da TV aparecerem (em pouco mais de uma semana) com "novos estudos" alegando que a fracionada não protege para o resto da vida e que, sendo assim, deve haver o prazo mínimo de 8 anos entre a primeira e a segunda (só não me pergunte se estão falando de uma segunda dose fracionada ou normal, pois eles não entram em detalhes; o que somente realça o cheirinho de mutreta mal armada). Lembrando: a OMS afirma que o sujeito deve receber DUAS DOSES INTEIRAS e num espaço mínimo de 10 anos. Ora, como o governo brasileiro pode levantar o absurdo de que uma dose de 1/4 possa proteger a pessoa por 4/5 do prazo estipulado após uma ministração completa?
Parece até que a disseminação midiática do pânico, desta vez, surtiu um efeito além do esperado, de modo que, se as vacinas adquiridas foram calculadas em cima de uma campanha de longo prazo e para um número específico de pessoas; acabou fugindo ao controle do governo e esbarrando no desespero de uma sociedade incapaz de pensar por si mesma. Dá até a impressão de que tudo não passa de uma farsa e que, por conta disso, a campanha deve prosseguir não importando o quão tosca e avacalhada aparente ("a agenda deve ser cumprida"). Nesta semana mesmo, bastou aparecer um macaco morto onde moro para que os postos de saúde da região ficassem imediatamente abarrotados de gente que não está nem aí para o que será injetado em suas veias, e sim somente desejosa por ouvir da boca do profissional de saúde um "você está imunizado (a)".
E, como confusão nunca é demais, a imprensa ainda tratou de mudar o transmissor da doença. Se, nos últimos 2 anos, a culpa era do Aedes Aegypti (o vetor urbano); nos últimos dias passou a ser dos mosquitos Sabethes e Haemagogus (os vetores silvestres). Em outras palavras, o pessoal não é mais picado na cidade pelo mesmo vetor de dengue, zika e chicungunha (doenças que, misteriosamente, saíram de férias neste verão para serem rendidas pela febre amarela da mesma maneira que uma substituiu a outra nos 4 verões anteriores), e sim por aqueles que, até então, só picavam macacos. Caramba, dois anos e só agora descobriram isso? Se não havia certeza, como podem ter alardeado tanto que o culpado era o Aedes? Para justificar a ausência de dengue, zika e chicungunha no último ano (como se o mosquito estivesse ocupado espalhando outra enfermidade)? Claro, claro... mosquitos isolados no meio do mato não provocam tanto pavor quanto um mosquito que durma no mesmo ambiente que a maioria da população, não é mesmo?
Agora, tenho algumas perguntas para a imprensa:
1- por que os senhores não noticiam que os sintomas da doença, curiosamente são os mesmos dos efeitos colaterais da vacina?
2- por que os senhores não informam que a febre amarela se divide em 2 estágios: agudo e tóxico, sendo que o agudo é tão perigoso quanto a dengue, enquanto que o tóxico sim PODE SER mortal (tanto quanto a dengue hemorrágica)?
3- por que os senhores dizem para o público que, "em seu estágio avançado, a doença PODE SER fatal"; sendo que qualquer enfermidade em seu estágio avançado PODE SER fatal?
4- por que os senhores não explicam que a fase aguda da febre amarela é tão perigosa que seu tratamento dispensa medicamento e se resume a repouso e hidratação?
5- por que os senhores não falam que as mortes por febre amarela resultam de sua fase tóxica, que atinge só 15% das pessoas que contraem a fase aguda?
6- por que os senhores não expõem que mesmo a fase tóxica da doença, embora seja realmente grave, pode ser devidamente tratada e curada?
7- por que os senhores só tratam dos poucos casos de óbito por febre amarela, mas não noticiam os muitos casos de gente que se curou da febre amarela?
8- por que os senhores nunca avisam que, quem já teve febre amarela (seja em que fase da vida tenha sido) encontra-se naturalmente imunizado e, portanto, NÃO PRECISA se vacinar?
Gostaria de começar apenas com estas questões...
Gostaria de começar apenas com estas questões...
Leandro Pereira
Obs: No link abaixo (do site da Fiocruz), pode-se ler com todas as letras no parágrafo "Prevenção" que "a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti" (texto de 2014). Simplesmente nenhuma menção a Sabethes e Haemagogus como possíveis causadores de uma epidemia urbana, ainda que por tabela. LINK AQUI.
Obs 2: as informações deste texto foram extraídas do portal Redação CR (especializado em saúde), que conta com 17 referências bibliográficas a respeito. LINK AQUI.
Obs 3: Segue o link de um artigo de janeiro de 2017 onde o ministro da Saúde disse que a duração da dose fracionada é de 1 ano, ao contrário dos especialistas da última semana, que taxam 8 anos de imunização. LINK AQUI
Obs 4: No link a seguir, vemos o texto publicado há 3 dias pela Fiocruz contradizendo o que disse o ministro Ricardo Barros em 2017. Segundo a Fiocruz, a dose fracionada imuniza o indivíduo por 8 anos, não 1 ano. Na mesma publicação, eles afirmam que a dose fracionada correta não é a de 1/4 (que a mídia tanto enfatizou e os postos vinham aplicando), e sim de 1/5 (!). Não bastando a confusão e a bateção de cabeças, alegam ainda que uma dosagem de 1/9 também pode promover a imunização de 8 anos. LINK AQUI
Obs 3: Segue o link de um artigo de janeiro de 2017 onde o ministro da Saúde disse que a duração da dose fracionada é de 1 ano, ao contrário dos especialistas da última semana, que taxam 8 anos de imunização. LINK AQUI
Obs 4: No link a seguir, vemos o texto publicado há 3 dias pela Fiocruz contradizendo o que disse o ministro Ricardo Barros em 2017. Segundo a Fiocruz, a dose fracionada imuniza o indivíduo por 8 anos, não 1 ano. Na mesma publicação, eles afirmam que a dose fracionada correta não é a de 1/4 (que a mídia tanto enfatizou e os postos vinham aplicando), e sim de 1/5 (!). Não bastando a confusão e a bateção de cabeças, alegam ainda que uma dosagem de 1/9 também pode promover a imunização de 8 anos. LINK AQUI
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