Jovens universitárias são "deprimidas e ansiosas"
6 de janeiro de 2018
6 de janeiro de 2018
(Foto no casamento da minha melhor amiga. Sou a segunda da direita)
A AZ (maneira como ela prefere se identificar) conheceu a engenharia social desde a faculdade: "Tenho 31 anos agora. Cresci numa família cristã e, assim que fui à faculdade, percebi o quão corruptas eram as pessoas e seus valores. Na verdade, eu sempre soube desde muito jovem que queria ter um marido e constituir com ele uma família. No entanto, eu era sempre ridicularizada ou provocada. Diziam que sou 'muito sensível' para uma mulher. Sinceramente, eu gostaria de ser mais alienada para tal realidade, pois constatar todas essas verdades na pele acabou me tornando muito triste".
por AZ
(henrymakow.com)
A vida como uma mulher solteira de 31 anos não é tão glamourosa quanto a mídia - música, televisão e filmes - leva a maioria das pessoas a acreditar. A cultura pop dá a impressão de que todas somos a Carrie Bradshaws (protagonista do seriado Sex and the City). No entanto, o fato é que eu, bem como a maioria das minhas amigas com este perfil somos pessoas deprimidas e ansiosas vivendo preocupadas com a possibilidade de já termos perdido o barco do verdadeiro amor e do casamento.
Onde encontrar um homem decente? No Tinder? Todos os encontros on-line não passam de serviços para sexo casual. As pessoas que desejam formar um amor que dure toda a vida certamente não serão achadas assim.
Eu vivi em duas das cidades mais liberais da América, São Francisco e Nova York. Lembro-me de sair da universidade aos 21 anos de idade muito confusa sobre o universo de uma mulher madura. Olhando agora para trás, lembro-me de que em vários dos meus dias de curtição só o que eu queria era amar um homem viril e consolidar um lar junto a ele. Todos continuaram me dizendo para avançar em minha carreira e ser independente, mas nunca fui realmente feliz em minha alma. Eu sabia que faltava algo, que esse modo de vida era uma mentira para o meu coração feminino.
Meu período em São Francisco consistiu num aprofundamento de tudo quanto é prática espiritual que eu cresse ser capaz de me dar um norte. O que eu realmente precisava era encontrar um bom mentor que me preparasse e me ensinasse a lidar com os homens que entravam e saíam da minha vida. Não tive muita sorte em Bay Area porque a maioria dos homens por lá era muito feminizada ou homossexual. Nunca conheci um homem que parecesse masculino e um bom líder. A ficha para que eu me mandasse daquela cidade caiu depois que, um certo dia após o expediente, me sentei no Dolores Park e percebi que, sendo eu uma mulher solteira heterossexual; acabaria eternamente solteira se permanecesse lá. Voltei, então, para a Costa Leste.
Aaahhh, cidade de Nova York... Manhattan... O "playground" das artes, culinária, música, arquitetura... No entanto, é também o centro do egoísmo, do materialismo, da ganância e do narcisismo. Vim para cá porque em que outro local uma mulher solteira de 26 anos poderia forjar melhor sua carreira?
No dia em que aluguei um apartamento, meu corpo tremia porque sabia que não queria chamar este lugar de casa. Digamos que não seja exatamente a cabana na floresta com um homem masculino que eu sempre imaginei para mim. Cá estava eu no meio de uma cidade sem alma tentando novamente fazer uma vida sozinha. Metrô. Ruas sujas. Um monte de hipsters liberais. Justiceiros sociais. Nada disso acrescentou qualquer valor à minha alma feminina. Comecei a namorar em Manhattan e a maioria dos homens era absolutamente decepcionante. Excesso de trabalho - cheque - narcismo -cheque - expectativa de sexo no primeiro encontro - cheque.
A maioria dos homens que conheci pensavam mais em si mesmos, perguntavam quanto era meu salário, ou simplesmente tinham urgência por sexo. Acabei me queimando por não compactuar com isso, então decidi desistir de namorar. Alguns meses depois, após o fim do meu contrato de locação, me mudei para fora da cidade. Eu percebi que a maioria das principais cidades da América estava recheada com pessoas que não seriam adequadas como parceiras de casamento.
Ainda sou solteira, modesta, acredito em Deus e em tudo o que há de puro e verdadeiro no mundo. No entanto, a maioria dos homens tem sido ensinada a desejar mulheres que se prostituam em troca de atenção, que sejam obcecadas por Instagram. Em suma, mulheres que não seriam boas esposas ou mães. O que uma mulher deve fazer na América moderna para encontrar um bom homem e construir a vida que Deus quer que ela tenha?
Tradução e edição: Leandro Pereira
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