sábado, 21 de abril de 2018

O TERROR QUE BATE NA PORTA DOS CANAIS DE TERROR


Sexta-feira passada foi dia 13, mas só hoje lembrei de falar sobre o boicote que o YouTube está fazendo aos canais de terror sob o pretexto hipócrita de "defesa da família". Sim, é absurdo, mas segundo a administração da plataforma, trata-se de uma política interna que visa proteger algum possível contato das crianças com esse "horripilante" conteúdo. Ora, qualquer um sabe que o público de terror, ironicamente, sempre foi composto majoritariamente pela pirralhada; então como o YouTube só descobriu isso agora? E outra: desde quando a esquerda (que é quem comanda o YouTube) liga para família? E por que a mesma preocupação não se abate sobre o caminhão de vídeos ligados a erotização que são postados diariamente, se qualquer clipe de funk é incomparavelmente mais prejudicial a um infante do que a série inteira do "Faces da Morte"? Para mim, é óbvio que a verdadeira razão das limitações impostas não é essa, e sim aquela que poucas vezes atraiu o meu interesse (e o de muita gente) a esse tipo de canal: as teorias da conspiração. Uma vez que, entre baboseiras como alienígenas e fantasmas, vira e mexe escapa um "11 de setembro" aqui e um "satanismo midiático" ali; e considerando que tecnicamente o trabalho desse pessoal costuma ser excelente, não duvido que a plataforma esteja, na realidade; tentando miná-los por conta de vídeos que levem as pessoas a raciocinarem (e por um viés, inclusive, muitas vezes conservador).
Lei contra "fake news" (desculpa para censurar canais conservadores, visto que suas notícias são consideradas falsas por não receberem o endosso da grande mídia), boicote a canais de terror (conversa fiada para enfraquecer ideias conspiracionistas)... isto sim é um filme de terror.
Leandro Pereira

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