quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

CUIDADO COM O CORPORATIVISMO DENOMINACIONAL


Tenho minhas convicções teológicas e creio piamente que não existe expressão no meio cristão atual mais próxima ao que vemos na igreja primitiva do que o segmento batista fundamentalista. Contudo, uma coisa que odeio é corporativismo (especialmente quando ele é usado para fazer vistas grossas ao que é errado). Por que estou dizendo isso? Porque, vez o outra, alguém me pergunta a razão de eu preferir realizar estudos e cultos domésticos do que frequentar uma igreja. A resposta é muito simples: não há nenhuma igreja biblicamente sadia onde moro, e a única batista fundamentalista relativamente próxima à minha casa, embora integre uma linhagem de igrejas que considero corretas, me desgostou em certos pontos inegociáveis na época em que a frequentei. Apenas para dar alguns exemplos, durante um chá de bebê feito para uma das irmãs, dentre as muitas brincadeiras propostas pela esposa do pastor presidente, uma delas foi a de dançarem na boquinha da garrafa (detalhe: haviam meninas pequenas no ambiente). Isso sem falar no fato deles terem se tornado seguidores das ideias de Steven Anderson, o pastor americano pós-tribulacionista que produziu o polêmico documentário "Marchando para Sião" (que fique claro: o grande problema aqui não é o pós-tribulacionismo em si, mas a terrível propaganda antissemita promovida pelo filme).
E, mais recentemente, descobri que um grupo fundamentalista paraibano com o qual eu estava quase consolidando laços para iniciar uma extensão do trabalho deles na minha área é adepto da ideia de que o cristão nascido de novo pode retomar sua antiga natureza e morrer sob outro senhorio espiritual (doutrina que, até o momento, só identifiquei entre "Batistas Bíblicas", embora esteja ciente de que não são todas as batistas bíblicas a pregarem isso). No pacote, descobri também que são favoráveis a divórcio e recasamento (além de ouvir de fontes confiáveis que são dados a farras seculares e alcoolismo). Obviamente tive de bater de frente com eles e considerá-los tão hereges quanto qualquer outra seita.
Enfim, não discordo de maneira alguma do chavão de que não existe igreja perfeita, porém também não acho que isso seja muleta para deliberadamente integrarmos uma obra que sabemos ter um pezinho ou dois de Satanás em seu meio. Uma coisa é aturar defeitos da carne (falta de educação, raiva, incompetência, desleixo, arrogância, etc...), outra bem diferente é acatar desprezo à Palavra e ensinos de demônios.
Com o Senhor Jesus, o novo nascimento e as Escrituras Sagradas; o que vier depois é lucro.
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem."- João 4.23

Leandro Pereira

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