quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

DIREITA BRASILEIRA MIDIÁTICA: CONSERVADORA APENAS NA HORA DE DEFENDER LIVRE MERCADO



Não é sem razão que eu digo que o liberal brasileiro é, em sua maioria, pior do que o socialista. Enquanto no EUA o liberalismo econômico costuma ser facilmente confundido com conservadorismo, no Brasil isso não passa de uma esquerda que entende de economia, ou seja, um sujeito que por um lado defende um mercado aberto tão somente por reconhecer sua funcionalidade óbvia, enquanto por outro defende todas as pautas progressistas no tocante a temáticas comportamentais. Ao menos o comunista muitas vezes pensa realmente estar salvando o planeta mediante sua militância descerebrada, ao passo que boa parte dos liberais não tem pudor algum em deixar explícito que a única coisa que lhes interessa na vida é dinheiro, podendo se danar todo o restante. Resumindo: não passam de prostitutas de Mamom. Por isso me dói nos ouvidos ter de escutar que gente como Reinaldo Azevedo, Claudio Tognolli, Lobão, Luíz Felipe Pondé, Danilo Gentili, William Waack, Diogo Mainardi e toda a classe artística que se manifestou favorável ao impeachment de Dilma seja de "direita", quando na realidade o máximo que alguns deles chega a ser (com muita força) é "centro" justamente por conta de seu liberalismo econômico.


Um ótimo exemplo disso é a recente mudança de opinião do jornalista Augusto Nunes sobre Bolsonaro. Bastou o pré-candidato revelar que seu ministro da Fazenda será um liberal renomado (Paulo Guedes) para que, do dia para a noite, aquele que até então era um dos maiores detratores de Bolsonaro viesse a elogiá-lo publicamente. Detalhe: o próprio nunes confessou que sua visão sobre Bolsonaro passou a ser positiva não por aquilo que sempre foi seu carro-chefe de campanha (combate a direitos humanos, ao politicamente correto, à doutrinação marxista nas escolas, ao desarmamento civil, à tomada de nossas reservas naturais, à demarcação de terras, ao MST, à atual maioridade penal, à perseguição contra militares, à cristofobia...), e sim sua opinião sobre finanças.

Leandro Pereira

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