Os mesmos que estão lutando em defesa das exposições pedófilas são os que estão atacando o filme de Danilo Gentili pelo fato de haver uma cena onde um pedófilo convida alguns meninos a terem relações com ele. Para tais pessoas, uma ficção de comédia, com classificação etária definida para maiores de 14 anos, sem nudez explícita e onde o personagem pedófilo vem a ser justamente o vilão da trama; é mais perigosa do que eventos reais abertos a crianças nos quais são expostos quadros pornográficos ou um homem nu que deve ser tocado enquanto interpreta um personagem repleto de pureza e ternura.
A grande verdade é que eles não acham um mais perigoso do que o outro, e sim possuem uma indignação seletiva (tão seletiva que em momento algum, por sinal, atacaram o ator que interpreta o tal pedófilo no filme, uma vez que se trata de Fábio Porchat - socialista de carteirinha). O longa "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola" claramente utiliza a questão do bullyng nas escolas como metáfora contra o politicamente correto que tentam impor à sociedade atual. Creio que isso explique bastante a perseguição e os clamores de boicote a ele.
Se o mesmo filme tivesse sido produzido pela "Globo" ou pelo "Porta dos Fundos", certamente não estaria havendo polêmica alguma em torno dele (e o personagem pedófilo provavelmente seria um padre, um pastor ou um pai de família comum; e não simplesmente um cara esquisitão como se vê no filme de Danilo Gentili).
Leandro Pereira
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