quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

COISAS NAS QUAIS NINGUÉM REFLETE AO PROMOVER O LIVRO DE ENOQUE




Segue uma breve reflexão sobre a velha polêmica em torno do Livro de Enoque onde trago algumas considerações que os entusiastas não costumam perceber na hora do oba-oba.
1- Não há qualquer prova de que o livro de Enoque tenha, de fato, sido escrito pelo profeta Enoque ou mesmo no período em que ele viveu (antecedendo, portanto, o cânone bíblico). Desse modo, ele pode muito bem ter sido trabalhado em cima dos textos bíblicos tradicionais, e não o oposto (por que necessariamente tem de ser o oposto, é o que me indago). 

2- O fato de um livro histórico apresentar alguns fatos corretos não o torna canônico. Se assim fosse, qualquer literatura histórica com alguma precisão também deveria ser considerada assim (como, por exemplo, os livros de Macabeus). Canonicidade é algo que vai além da exatidão historiográfica. A canonicidade passa, principalmente, por uma harmonização plena entre os livros. 

3- Deixando claro que acredito plenamente no relato acerca dos anjos que se deitaram com humanas e geraram gigantes. Todavia, acredito nisso não porque o livro de Enoque me diz, e sim porque a Bíblia me mostra que ESSE TRECHO de Enoque é historicamente confiável (assim como a profecia mencionada por Judas). 

4- Será que um Deus Todo-Poderoso que prometeu preservar a sua Palavra eternamente permitiria que seu cânone se consolidasse e circulasse incompleto por todo o mundo? Se o homem deve viver DE TODA A PALAVRA QUE SAI DA BOCA DE DEUS, como disse o Senhor Jesus, por que o próprio Deus dificultaria isso ao fazer com que um livro canônico só fosse achado em 1947, quase 2000 anos após o fechamento da Revelação por João em Patmos? Então Deus permitiu que milhões de crentes ao longo de 2 milênios morressem sem jamais terem acesso à Palavra completa? Deus impediu que milhões de crentes peregrinassem nesta terra cumprindo o mandamento que Ele mesmo deu (para que vivamos DE TODA A PALAVRA QUE SAI DA BOCA DE DIVINA)? Tal raciocínio é, para dizer o mínimo, incoerente.

Leandro Pereira

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